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Cefaleia por Abuso de Analgésicos

Cefaleia por Abuso de Analgésicos

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A cefaleia por abuso de analgésicos (CAA) é comum entre as cefaleias crônicas e dificulta o controle das mesmas, notadamente da enxaqueca e da cefaleia tensional. A CAA é definida quando uma cefaléia pré-existente (cefaleia de tensão ou enxaqueca) piora e passa a ocorrer por ≥ 15 dias ao mês, e o medicamento (s) tenha sido utilizado (s) por ≥ 3 meses. A CAN ocorre com a maior parte dos medicamentos abortivos de cefaleias como analgésicos comuns, triptanos, ergotamínicos, cafeína e opioides, assim como pela associação destas substâncias entre si. A cafeína é a medicação com maior potencial de cronificação da cefaleia.

Embora na população geral a CAA seja rara, nas clínicas de cefaleia ela pode comprometer até 10% dos pacientes, chegando em algumas estatísticas a ser o terceiro tipo mais comum de cefaleia. Um problema potencial da CAA origina-se do conceito impreciso de que ´´quanto mais precoce o uso da medicação analgésica abortiva, melhor o efeito na cefaleia``. Este conceito, é aplicável somente para pacientes com enxaqueca e que sabem distinguir as características da crise de enxaqueca. Nem toda cefaléia evolui para uma crise de enxaqueca.

A prevenção é restringir o uso da medicação abortiva e evitar o uso de medicamentos que contenham cafeína, codeína, barbitúricos, tranquilizantes e combinações de substâncias. Melhorias no estilo de vida adequando alimentação, atividade física, melhora do sono, etc, são de extrema importância. Analgésicos antinflamatórios e triptanos devem ser limitados a 10 doses ao mês e o tratamento profilático iniciado quando as medicações abortivas ultrapassarem o limite estabelecido. 

O tratamento da CAA deve ser individualizado caso a caso na dependência das medicações utilizadas. Internação hospitalar é rara. O neurologista deve programar a retirada das medicações abortivas, uma vez que elas reduzem o efeito da medicação profilática. Nos casos de enxaqueca o uso de betabloqueador como profilático, têm efeito tanto na cefaleia, quanto nos sintomas de abstinência que surgem com a retirada da medicação. Na cefaleia tensional o uso da amitriptilina também apresenta bons resultados. Terapias adicionais com acupuntura, toxina botulínica, estimulação elétrica, tratamento biológico, etc, são avaliadas  caso a caso.

 

 

 

  

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